No próximo final de semana, 4 e 5 de
outubro, nossa comunidade realizara a festa em honra a São Francisco
de Assis, o Santo padroeiro da Igreja Matriz. Santo
Padroeiro significa que este é um protetor, defensor, a quem lhe
recorre. Durante a vida de São Francisco ele já demonstra sinais,
ainda que de forma autônoma, de seu instinto
protetor para com os irmãos.
Filho
de Pietro Bernardone e Dona Pica Bernardone, Francisco nasceu entre
1181 e 1182 , na cidade de Assis, província da Umbria no centro da
Itália. Seu pai era um rico e próspero comerciante de tecidos, que
viajava frequentemente em negócios principalmente para França, de
onde trazia a maior parte de suas mercadorias. Eis que batem à
porta, e a criada ao atender depara-se com um mendigo que lhe
transmite que a senhora da casa deverá dar à luz no estábulo da
casa, junto aos animais. Dona Pica, ao saber do sucedido, pediu ajuda
às criadas para a levarem até ao estábulo. Lá chegada, a criança
nasceu e foi lhe dado o nome de João (Giovanni). O pai, quando
regressou, em homenagem à França, mudou-lhe o nome para Francisco.
Francisco era o
líder da juventude de sua cidade. Alegre, amante da música e das
festas, com muito dinheiro para gastar, tornou-se rapidamente um
ídolo entre seus companheiros. Adorava banquetes, noitadas de
diversão e cantar serenatas para as belas damas de sua cidade. A
Itália, como toda a Europa daquela época, vivia uma fase bastante
conflituosa de sua história, marcada pela passagem do sistema feudal
(baseado na estabilidade, na servidão e nas relações desiguais
entre vassalos e suseranos) para o sistema burguês, com o surgimento
das "comunas" livres (pequenas cidades). Durante os
combates, em uma tarde de inverno, Francisco caiu prisioneiro, sendo
levado para a prisão de Perúsia, onde permaneceu longos e gelados
meses. Para um jovem cheio de vida como ele, a inércia da prisão
deve ter sido especialmente dolorosa. Somente seu espírito alegre,
seu temperamento descontraído e seu gosto pela música o salvaram do
desespero. Encontrava ainda forças para reconfortar e reanimar a
seus companheiros de infortúnio. Costumava dizer, em tom de
brincadeira para seus companheiros: "Como quereis que eu fique
triste, sabendo que grandes coisas me esperam? O mundo inteiro ainda
falará de mim!" Ao término de um ano foi solto da prisão,
retornando para Assis, onde se entregou novamente aos saudosos
divertimentos da juventude e às atividades na casa comercial de seu
pai.
Enfermidade
e
o início da conversão
O
clima insalubre da prisão, agravado pelos prolongados meses de
inverno, haviam-lhe enfraquecido o organismo, provocando agora uma
grave enfermidade. Depois de longos meses de sofrimento, sem poder
sair da cama, finalmente conseguiu melhorar. Ao levantar-se, porém,
não era mais o mesmo Francisco. Sentiu-se diferente, sem poder
compreender o porquê. A verdade é que a humilhação e o sofrimento
da prisão, somado ao enfraquecimento causado pela doença,
provocaram profundas mudanças no jovem Francisco. Foi o caminho que
Deus escolheu para entrar mais profundamente em sua vida. Já não
sentia mais prazer nas cantigas e banquetes em companhia dos amigos.
Começou a perceber a leviandade dos prazeres puramente terrenos,
embora ainda não buscasse a Deus. Na verdade, Francisco não nasceu
santo, mas lutou muito para se tornar santo! Começou a longa busca e
a longa espera: "O que Deus quer de mim? O que Ele quer que eu
faça?" Era esse o constante questionamento de Francisco. Para
tentar desvendar os desígnios de Deus, passou a se dedicar à oração
e à meditação. Percorria campos e florestas em busca de lugares
mais tranquilos, em busca de respostas para suas dúvidas e
inquietações. Para ele, tudo passou a ter outro sentido. Passou a
enxergar as coisas com outros olhos e outro coração.
Postagem escrita por Franciane Maciel Dutra...
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